Terças - das 21 às 23h com Valdemar Engroff e Luigi Cerbaro
Sábados - 8h30 às 10h30min com Valdemar Engroff

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Charlando no Galpão: Payadas, Milongas e Charareras

Bueno! Não percam nesta sexta-feira, na Rádio Acácia FM 87,9, um programa "Especiais Acácia" bem diferente, pois o âncora do programa noticioso da nossa emissora, o Sérgio Pires vai nos trazer um pouco da cultura terrunha do nosso pago e do Sul do Mundo (Rio Grande do Sul e Países Platinos).

Sintonize a nossa emissora no seu rádio a pilha, galena, som ou então no seu computador ou assemelhados..... Abra as porteiras clicando em www.acaciafm.com.br ou no sítio do nosso programa Gritos do Quero quero - www.programagritosdoqueroquero.blogspot.com ou ainda no portal Jardim Algarve clicando em www.jardimalgarve.com.br.  

sábado, 19 de julho de 2014

Momento da Cultura Regional 27! O Correto Uso do Chapéu!!!


Créditos: www.bombachalarga.org

Estamos nos aproximando do mês de setembro, quando vemos muitos gaúchos pilchados e usando chapéu. Eu que sou tradicionalista e de vez em quando também uso boina e chapéu, tenho constatado, que nos tempos modernos, as pessoas quando usam algum tipo de cobertura, o fazem sem se preocupar com aquelas regrinhas básicas de civilidade e boa educação que nós os mais antigos aprendemos com nossos pais.
          
Eu lembro como se fosse hoje: Eu deveria ter uns cinco anos de idade, quando meu pai presenteou-me com o meu primeiro chapéu, um rústico chapéu de palha para proteger-me do sol. Antes mesmo de me entregá-lo, ele me explicou que dentro de casa não se usava chapéu e quando eu fosse cumprimentar alguém, deveria retirá-lo. E quando cumprimentasse alguém de passagem devia levar a mão à aba, levantando-o.

Mais tarde no Exército aprendi que em recinto coberto, não se usa cobertura.

O Movimento tradicionalista Gaúcho nas suas diretrizes para as pilchas gaúchas apenas especifica qual o tipo de chapéu adequado para o gaúcho. Não versa sobre o correto uso do chapéu. Todavia quando fala de situações em que se deve demonstrar respeito, recomenda retirar o chapéu, como em solenidades em que se hasteia bandeiras e canta-se hinos.

A vinculação do chapéu com o respeito, está implícita nas atitudes do gaúcho, principalmente daqueles mais veteranos. Assim, aquilo que aprendi com meu pai, está valendo. No entanto alguns gaúchos pilchados, notadamente os mais jovens, creio que por desconhecimento, ignoram. Deduzo que o uso do chapéu em locais, momentos e circunstâncias inadequadas, só tem explicação na pura falta de informação de quem assim o faz. Pois temos que convir que um tradicionalista não tomaria nunca de forma deliberada, uma atitude que denotasse falta de educação e respeito.

Estudando os costumes de um povo, nota-se que estes são passados de geração para geração, ou de pai para filho, conforme se costuma dizer. Preocupa-me constatar que os pais não estão mais ensinando o uso correto da cobertura (chapéu, boné, gorro, boina, etc.), aos seus filhos, pois quando se perdem os sinais de respeito, é porque o próprio respeito não está mais sendo ensinado aos nossos jovens. Claro que isso não é regra geral, ainda existe famílias que preservam estes bons hábitos.
 
Cabe aos mais veteranos tentar resgatar o uso correto do chapéu (cobertura em geral). No tradicionalismo espera-se que os patrões dos CTGs e PTGs, orientem seus peões quanto a este sadio costume de usar o chapéu com civilidade e respeito.

Pesquisando na internet encontrei algumas regrinhas básicas de etiqueta para quem usa cobertura:

1.    Nunca use seu chapéu dentro de uma residência, sala de aula, restaurante, igreja ou escritório. Ao entrar num recinto desse tipo, tire-o.

2.    Carregue seu chapéu junto ao corpo quando o não estiver usando, preferencialmente com a mão esquerda, virado para dentro. Se tiver aba rígida, segure-o pela aba. Se não, segure-o pela coroa. O mais elegante é retirar o chapéu com a mão direita e passá-lo para a mão esquerda, mas pode tirá-lo com a mão esquerda diretamente.

3.    Em ônibus, bondes, saguões de hotéis, trens, pode mantê-lo. Se sentar, é melhor retirá-lo, principalmente se ao seu lado houver uma dama, mas não é deselegante mantê-lo.

4.    Ao ar livre, mantenha-o em sua cabeça, claro! É para isso que ele serve. Mas com uma exceção: se você estiver parado e acompanhado de uma ou mais mulheres, tire-o. Quando for andar, coloque-o de volta.

5.    Em elevadores a regra é parecida com a do ar livre. Pode usá-lo, mas se houver uma dama no elevador, retire-o.

6.    Se estiver em uma passagem estreita e uma dama estiver a cruzar-lhe o caminho, vire-se de lado, e levante o chapéu levemente. Quando encontrar uma conhecida na rua e for seguir caminho com ela, faça o mesmo. De novo: se o chapéu tiver aba rígida, levante-o pela aba; do contrário, pela coroa. O comum hoje é trocar beijinhos com uma moça ao encontrá-la. Se for fazê-lo, não apenas levante o chapéu, mas retire-o totalmente antes de beijá-la.

7.    Se encontrar um amigo homem, cumprimente-o levantando o chapéu o suficiente para ele ser removido de sua cabeça e, então, coloque-o de volta. Quando for beijar a mão de pais, padrinhos ou sacerdotes, convém retirá-lo totalmente, e segurá-lo ao seu lado antes de fazê-lo.

Tiro meu chapéu àqueles que concordam comigo.

Fonte! Chasque cultural gaúcho de Ibani Jorge Bicca - Um peão do Rio Grande, publicado no sítio Chasque Gaudério. Abra as porteiras clicando em http://www.chasquegauderio.blogspot.com.br/

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Levamos este chasque de fundamento para o programa Gritos do Quero Quero, no Momento da Cultura Regional, no dia 19 de julho de 2014.  

Tivemos a presença do Patrão do CTG Amaranto Pereira, o Sr. Orlando Kunzler nos estúdios e ele solicitou uma cópia deste chasque, que vaia para o mural do CTG....

sábado, 12 de julho de 2014

Momento da Cultura Regional 26! Nossa Senhora Gaúcha do Mato!



É oficial. Dia 10 de Julho é dia da Nossa Senhora Gaúcha do Mate.

A devoção à Nossa Senhora Gaúcha do Mate não teve origem em nenhum milagre proclamado. Ela surgiu para cristalizar o amor pelo mate. Um ritual em que se expressa o símbolo da amizade e da família, do encontro e da partilha e que fortalece e cria novos vínculos entre irmão e amigos.

A invocação à santa é quase tão antiga quanto este ritual. Por isto um grupo de leigos e os padres salesianos da província argentina de Missões, liderados pelo sacerdote Domingos Lancelotti, encabeçaram um movimento junto à Santa Sé a fim de obter o reconhecimento à essa nova devoção mariana. João Paulo II, fervoroso devoto da Virgem, visitou oficialmente a Argentina em 1982 e 1987. Nas duas ocasiões foi fotografado tomando mate e presenteado com muitos mates e cuias para aprecia-lo. 

Também recebeu importantes testemunhos favoráveis à devoção de Nossa Senhora Gaúcha do Mate como evangelizadora e reflexo da cultura deste pedaço da América.

Assim, no dia primeiro de maio de 1993, o Núncio Apostólico Argentino recebeu um documento escrito e assinado pelo Papa João Paulo II, onde se lê: “De todo coração outorgamos a implorada benção apostólica, sob os auspícios de Nossa Senhora Gaúcha do Mate.”

Então, o dia 10 de Julho torna-se o dia de Nossa Senhora Gaúcha do Mate, agora oficialmente portadora dos desejos de unidade, fraternidade, amizade e encontro entre os homens.

Gaúcha é uma palavra que significa pessoa nobre e generosa, usado para identificar os povos originários das planícies dos Pampas do sul da América do Sul. Mate é uma infusão obtida com as folhas da planta "ilex paraguayensis", amplamente consumida pelas famílias da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile e do sul do Brasil. Cada localidade tem sua particularidade na hora do preparo e consumo. Neste ritual, a exemplo do chá, se expressa o símbolo da família, amizade, encontro e partilha, entre irmãos e amigos, que fortalece e cria novos vínculos. É uma celebração plena de conteúdo humano, cristão e muito regional.

Fonte: CTG Estância da Azenha, que Léo Ribeiro de Souza levou pro seu sítio. Abra as porteiras clicando em www.blogdoleoribeiro.blogspot.com

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Levamos este chasque para o programa Gritos do Quero Quero, no Momento da Cultura Regional, do dia 12 de julho de 2014. 

sábado, 5 de julho de 2014

Momento da Cultura Regional 25! O Folcore Junino!

As festas juninas ganharam maior destaque no nordeste, onde se realizam verdadeiros festivais caipiras que estão bastante distorcidos das festas originais, os nordestinos fazem do São João um carnaval, Brasília destina fortunas em verbas providenciadas pelos políticos dos arraiais, que tem nelas seus palanques e seus currais eleitoreiros. 


Do folclore muito pouco sobrou, as indumentárias se estilizaram, o que era de pano, algodão, chita, ganhou matéria da petroquímica, o chapéu de palha é de plástico, a musicalidade foi acelerada, frenética tipo frevo, deixando as românticas cantigas juninas para traz, posso afirmar que o autêntico São João, caipira, não faz mais parte da popular festa nascida nos pátios de quermesses, nas igrejas. 

Mas de onde vem essa festividade? Disse que esta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina, depois chamada de junina em função da data. 

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  

Todos estes elementos culturais foram com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas, justificando que no Rio Grande do Sul, sejam comemoradas com roupas típicas gaúchas e não caipiras, pois essa festa é do povo cristão e não de uma determinada região. 

Há os simbolismos de religiosidade em seu desenvolvimento, representando por seus Santos e pelo fogo, que sempre será motivo de purificação. O período junino vai do dia 13 ao dia 29, dia 13 por Santo Antônio, dia 24 por São João e dia 29 por São Pedro, dia mais valorizado em nosso Estado por se tratar do nosso padroeiro.  

A quem rogo para proteger nossa seleção na final, que sábado passado, com toda a certeza Santo Antônio e São João já fizeram de tudo um pouco para nos manterem vivos e não cairmos na fogueira da maior festa junina do planeta que é a Copa do Mundo. Viva São Pedro!

         

Para pensar: Só quem acredita em santo pode acreditar na nossa seleção!
Fonte! Chasque semanal do Dorotéo Fagundes de Abreu (coluna Regionalismo), do dia 02 de julho de 2014.
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Levamos este chasque para o Momento da Cultura Regional do nosso programa realizado no dia 05 de julho de 2014.